Vocações da Porciúncula: Victor Flemeng

No próximo dia 15 de janeiro, nove postulantes serão acolhidos no noviciado 2024 da Província da Imaculada Conceição do Brasil. Entre os jovens, um deles é da nossa paróquia: Victor Flemeng, 24 anos, fará parte da 124ª turma do noviciado.

Um dos momentos mais simbólicos e emocionantes da admissão dos noviços é quando vestem o hábito franciscano, que recebem das mãos do Ministro Provincial e do mestre Frei Samuel Ferreira de Lima. Ali mesmo, durante a celebração, eles se vestem e passam a ser chamados de “Frei”. Este hábito é provisório durante o ano de Noviciado, já que o definitivo o noviço receberá quando fizer a Primeira Profissão, no término deste “ano de provação”.

O jovem Victor, ainda no período de discernimento vocacional, esteve atuante em nossa paróquia como voluntário nas missas e no Bazar. Nestes dias que antecedem a entrada no noviciado, o jovem passou alguns dias de férias na paróquia e aproveitamos para saber mais sobre o caminho do Victor até a entrada no noviciado.

Confira a entrevista a seguir:

– Como você chegou ao desejo de ser franciscano?
Victor: Minha caminhada religiosa começou no ano de 2021 com o processo de animação vocacional. Quando eu tive como frade conselheiro, o Frei Sergio Pagan. Eu descobri minha vocação no meu ambiente de trabalho, principalmente, quando eu percebi que não estava feliz com aquela rotina, aquele estilo de vida. Eu trabalhava na área de finanças, em uma empresa de ônibus. Trabalhava no período da noite e eu percebi que não estava feliz. Então, eu comecei a me questionar a respeito de muitas coisas. Me questionava a respeito sobre o que valia a pena na vida ou o que valia a pena me dedicar e estudar. Como poderia fazer que minha vida fosse mais nobre, mas significativa. Todos esses questionamentos fizeram com que eu estivesse aqui hoje. Dar uma oportunidade à vida religiosa franciscana.

– Como foi sua preparação até este momento de entrada no noviciado?
Victor: Eu tive um ano de acompanhamento com o Frei Sergio aqui mesmo na Porciúncula. Onde conversando comigo e em visitas recorrentes, ele foi me explicando um pouco sobre aquilo que é a vida do Frade menor e eu fui entendendo e me encantando. E sempre me abrindo para as propostas que ele vinha trazendo. No primeiro ano, o ano do aspirantado, eu morei em Ituporanga/SC com outros rapazes, éramos 24 na época, incluindo alguns do ensino médio. Todos nós em uma mesma proposta de conhecer a vida e o carisma franciscano. Sendo inseridos na dinâmica da casa. Foi um ano excelente e de muitos aprendizados em um lugar que eu nunca pensei que estaria, com pessoas que eu nunca pensei que conviveria, mas de muitas oportunidades e crescimento. No ano passado, o ano do postulantado, eu estive em Guaratinguetá/SP, morando no Seminário Frei Galvão, ao lado de Aparecida. Lá eu tive como mestre, o Frei Walter. Nossa turma começou em 17 e terminamos em 9. Foi um ano muito importante e um ano muito feliz, onde nós percebemos que a felicidade está mesmo nas coisas simples, no dia a dia, nas realizações das tarefas e crescendo um com o outro. Uma coisa muito significativa é que nós, enquanto turma, podemos perceber  a qualidade de cada um, os defeitos, aquilo que cada um tinha superado, a intimidade ficou mais sensível para nós fossemos nos unirmos como família. É uma turma que completou o ano, assim como eu, e está se preparando para o noviciado e eu me sinto muito à vontade com eles. Foi um crescimento juntos. Para o noviciado temos muitas expectativas, todos estão muito ansiosos, todos pensando no que está por vir, como vai ser. Se vai ter isso ou aquilo, se vai ser melhor ou não. Eu, particularmente, estou muito feliz com a oportunidade. 

– Qual o conselho que você dá para o/a jovem que tem vontade de ingressar na vida religiosa?
Victor: O processo de decisão pode ser muito difícil, o seu primeiro colega nisso tudo pode ser o seu frade formador. Tomar uma decisão dependendo das circunstâncias da vida em que você esteja inserido pode dificultar ainda mais as coisas, a relação com os pais, trabalho, estudos… mas buscando em oração, buscando refletir, discernir a coisa em si e percebendo que existe um amadurecimento nessas coisas todas. Deixar-se trabalhar por Deus, mesmo que talvez a escolha tenha sido equivocada ou que não tenha se sentido satisfeito com a experiência, é muito significativo estar no seminário, o que o seminário traz é tudo de muito valor, na perspectiva de um indivíduo enquanto ser humano. Eu percebo que desde que entrei estou um ser humano melhor, eu acho que só por isso teria valido a pena. 

Aos amigos da Porciúncula, aos frades, aos colaboradores, eu deixo um abraço enorme e meus agradecimentos pelo carinho, pela acolhida, pelas risadas, pelos momentos de descontração, pelos dias que passei no bazar, pelos dias difíceis… dizer que todas essas coisas foram muito importantes e que eu me senti muito feliz de estar com todos e que sinto um carinho imenso por todos, então deixo um abraço, um beijo e dizer que espero retornar frade e participar sempre que possível da companhia de todos vocês!

 Louvamos a Deus pela vida do Victor Flemeng e rezamos pela sua caminhada vocacional.

Paz e Bem!

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