Ser discípulo de Cristo carregando a sua Cruz

O Evangelho deste domingo (Lc 14,25-33) é situado na última viagem de Jesus a Jerusalém, antes de ser preso e condenado à morte. Neste contexto, Jesus responde aos seus seguidores, que para acompanhá-lo, deveriam desapegar-se dos laços familiares e demais coisas que seriam inconsequentes ao seu discipulado. Aos que consentissem em segui-lo, deveriam carregar as próprias cruzes, sendo coerentes em seu projeto de vida e missão.

Na sequência, Jesus usa dois exemplos para ilustrar a sua catequese: no exemplo da edificação da torre, com seus minuciosos cálculos, Jesus nos ensina que  a pessoa que consentir à edificação de seu projeto de vida neste discipulado, deve ser consequente com tudo o que é necessário para chegar até o fim deste projeto. O mesmo se dá no exemplo do rei que parte para a guerra, sabendo com que arsenal ele poderia contar para vencer todas as etapas de sua missão.

A partir destes ensinamentos, podemos concluir que ser cristão não é um caminho suave e fácil, como se imagina. O seguimento de Cristo exige de nós desapegos e renúncias a outras alternativas que nos apresentam no cotidiano, bem como a decisão em tomar a Cruz sobre os ombros. Ao carregar as cruzes atuais, devemos incluir no radar de nossa busca as dores, os sofrimentos, os espinhos apalpados no caule da roseira em vista do esplendor da rosa, que desabrocha e encanta a nossa vida pessoal, familiar e comunitária.

Neste mês da Bíblia, garimpemos na Sagrada Escritura o tesouro que bem possa incrementar o nosso discipulado de Jesus: Caminho, Verdade e Vida.

 

Frei Ivo Müller

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