Reflexão do Evangelho

A RELIGIÃO QUE AGRADA A DEUS

                         Qual a religião que agrada a Deus? Jesus responde: “quero a misericórdia e não o sacrifício”. Tanto a primeira leitura do Profeta Oséias 6,3; como o Evangelho de Mateus 9,9 repetem a mensagem central: “quero a misericórdia e não o sacrifício”. Os profetas, ao longo do Antigo Testamento, pregaram o perdão e a misericórdia. Os profetas criticaram certos ritos vazios, como purificações, sacrifícios, mas que esqueciam da justiça, do amor ao próximo, da reconciliação fraterna e do perdão.

Jesus no Evangelho de hoje acolhe a denúncia do Profeta Oséias, a quem cita literalmente: “não vim chamar os justos, mas os pecadores”. Jesus chama Mateus, o cobrador de impostos, chamado de pecador: “segue-me”. A vocação de Mateus é a mais surpreendente entre os doze apóstolos por se tratar de um publicano, isto é, um cobrador de impostos para os romanos, declarado oficialmente pecador público. Mateus responde de maneira imediata ao chamado oferecendo um banquete a Jesus.

Logicamente, o quadro é chocante para os fariseus, observantes da pureza legal. Não será a única vez que haverão de acusar Jesus de familiaridade com os pecadores e marginais da comunidade. Jesus se faz amigo dos publicanos e pecadores e diz abertamente: “não são os que tem saúde que precisam de médico, mas sim os doentes” e o Mestre continua o seu discurso: “porque eu não vim chamar os justos e sim os pecadores”. Jesus em busca da “ovelha perdida da Casa de Israel”.

Esse texto nos lembra a parábola do “Filho pródigo”. O pai acolhe o filho que retorna à casa sem porquês. Abre os braços e o acolhe, sem perguntas. Simplesmente acolhe. “Vinde a mim, vós todos, que estais cansados, abatidos ou desanimados, porque o meu julgo é suave e o meu fardo é leve”, palavras do Mestre.

Precisamos, como cristãos e católicos, ser: misericordiosos, tolerantes e sem pré-julgamentos. Porque “quem não tiver pecado algum, atire a primeira pedra”. Somos doentes e pecadores e necessitamos de cura e de perdão. Vivamos a espiritualidade da religião. Vivamos mais o amor a Deus e ao próximo, do que aos preceitos e os preconceitos que criamos ou recebemos e “não julguem para não serem julgados”.

Este último parágrafo dedico à festa de Santo Antônio que estamos celebrando. Amanhã é o “Dia dos Namorados”. Quem ama e é amado: é feliz. Porque o amor vem de Deus e Deus é Amor. Que Santo Antônio abençoe nossas famílias e a nossa Comunidade. SANTO ANTÔNIO, na sua humildade, soube pregar e viver, soube ser instrumento da Paz e do Bem. Sejamos instrumentos da Misericórdia divina e do Amor de Deus.

Frei Sergio Pagan

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