Jesus é a porta de entrada das ovelhas
Neste quarto domingo do Tempo Pascal, o Evangelho (Jo 10,1-10) nos apresenta a parábola do Bom Pastor. A comparação usada por Jesus é colhida no contexto dos pastores da época, que atualmente se identificam com os beduínos do deserto de Israel e Palestina. O pastor, no cuidado do rebanho de pequeno porte, dedica todas as suas energias ao pastoreio de suas ovelhas. Conhece as ovelhas a ponto de largar o rebanho, ao redor do cajado, para ir ao encontro da ovelha perdida. E quando a encontra, faz de tudo para curá-la e reconduzi-la ao rebanho. No redil, ele vigia o rebanho, para que não seja atacado pelos lobos devoradores ou mercenários (inimigos do rebanho). Também serve de porta, para que todo o rebanho passe por ele, num processo de identificação (discipulado). Neste modo, as ovelhas sentem o “cheiro” do pastor e lhe dão o consentimento na fidelidade ao seguimento do pastor.
Aplicando a parábola aos cristãos de hoje: podemos dizer que também nós somos ovelhas pertencentes ao bom Pastor, a partir do nosso batismo em Cristo e nossa fidelidade aos ensinamentos de Jesus. Se entramos pela porta do Bom Pastor, devemos ser consequentes em nossas atitudes como cristãos, dentro e fora da comunidade de fé. Fazendo a experiência do Ressuscitado, também nós somos pastores na família, na sociedade e na comunidade. Nesta conduta, somos guardiães do rebanho que nos foi confiado, norteados pelo exemplo do bom Pastor.
Frei Ivo Müller