Reflexão do Evangelho

CORREÇÃO FRATERNA

Estamos no mês da Bíblia, a mais bela Carta de Amor, escrita por Deus para os seus filhos, cujo tema central é o Amor, a Misericórdia e a correção fraterna. Jesus nos ensina pedagogicamente os passos para realizarmos a correção fraterna. O primeiro passo é ir ao irmão numa atitude de humildade e abrir o coração pedindo perdão, mesmo se ele te ofendeu e você foi ofendido. Se houver acolhida, por parte do irmão, ambos ganharão o perdão com a benção de Deus. Se não houver acolhida, deves pedir ajuda ao próximo, e se ainda o coração não se abrir para o perdão, busque a Igreja, ou seja, o Deus do Amor, da Misericórdia.

Deus sempre se faz presente na unidade do Amor, porque Deus é Amor. Por isso, onde dois ou três estiverem reunidos em nome do Amor, terão a presença de Deus. No amor se dá a plena realização do ser humano. Jesus chegou à radicalidade do amor. Jesus como homem foi tão humano, que só poderia ser divino.

O mundo de hoje carece de humanidade. Perdemos o senso do servir, para sermos servidos. O individualismo nos torna individualistas e egocentristas. O perdão e a oração se dão na unidade: “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”, diz o Senhor.

O Evangelho de hoje, Mateus 18,15-20, contempla dois temas: a correção fraterna e a conversão. Mas sabemos que um tema pressupõe o outro. Sem correção não há conversão. Cristo exemplifica que todos nós precisamos da correção, porque estamos na busca da perfeição. Segundo Jesus: perfeito só Deus! Se não aceitarmos a correção, não haverá conversão e nos afastamos da perfeição e da santidade.

Paulo na Carta aos Romanos:13, 8-10, nossa Segunda Leitura de hoje, afirma: “não devais a ninguém coisa alguma, a não ser o amor de uns para com os outros”. Paulo afirma que a única dívida que não podemos ter, é a dívida do amor. Porque o amor é fundamental para entrar no reino dos céus. Negar o perdão, a misericórdia é negar o Amor, é negar Deus.

É fato que a correção fraterna pode ser fácil, na família ou na fraternidade, quando existe amor. Mas se torna difícil, para não dizer impossível, quando não existe comunhão fraterna. O amor fraterno requer: paciência, tolerância, diálogo, compreensão e abertura de coração.

Ao final desse texto, rezo como São Francisco de Assis: “conceda-me Senhor a graça de amar, para ser amado e de perdoar para ser perdoado”. Minha oração: conceda-me a graça de ter um coração humano, aberto e generoso para aceitar o outro, assim como ele é, na busca da minha conversão, na busca do divino que há em mim.

 

Frei Sergio Pagan

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