Lucas é o evangelista das parábolas. Hoje a narrativa é o banquete nupcial. Jesus observa os convidados chegando para a festa e ocupando os primeiros lugares. Fato esse comum em todos os tempos e em todos os lugares. Sempre buscamos os lugares mais altos e ou de maior destaque. Nestes momentos, a humildade desaparece. A vaidade pessoal fala mais alto!
Para Jesus, o primeiro será o último, aquele que serve. A humildade é fundamental para se viver em fraternidade. “Na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade, e assim encontrarás graça diante do Senhor”, segundo Eclo 3, 20.
Ser humilde é andar na verdade: “Quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado”. Jesus repete com muita insistência e frequência este pensamento aos seus discípulos. Humilde deriva do latim “humilis”, que, por sua vez, provém de “humus”, que significa terra. Algo que corresponde exatamente à nossa pequenez e à nossa condição de criatura. Humilde é a aquele que reconhece o Criador.
É difícil ser humilde porque o orgulho fala mais alto. A humildade autêntica é o caminho para a santidade. Admiramos as pessoas humildes e as veneramos. As chamamos de santos: São Francisco, Santo Antônio, Santa Clara, Santa Rita e poderíamos citar o santo de cada dia que celebramos. No mundo de hoje: Santa Tereza de Calcutá ou Santa Dulce da Bahia. Porque não falarmos de Gandhi ou de nossos entes queridos ou familiares?! Quantos exemplos de humildade temos em nossa vida e ao mesmo tempo, como é difícil ser humilde.
O maior gesto de humildade: Jesus, o Mestre, lava os pés de seus discípulos. Exemplos de humildade: perdoar e pedir perdão; reconhecer-se pecador, servir e não ser servido. Pois “quem quiser ser o primeiro, seja o servidor”. Senhor, quero te servir e te amar através das pessoas que estiverem em meu caminho. Quero ser instrumento de humildade e de santidade.
Frei Sergio Pagan
