Queridos paroquianos e paroquianas, irmãs e irmãs abençoados
Estamos chegando à Páscoa em meio a incertezas, inseguranças, questionamentos e preocupações. O que fazia parte de nossa rotina até recentemente, com raras exceções, teve que ser mudado. Isolamento, ficar em casa, proteger-se, prevenir-se se tornaram palavras-chaves do nosso dia a dia. Tivemos que mudar padrões, comportamentos e situações. Assim vivemos nossa Quaresma, marcados por um amanhã que ainda não sabemos como será.
A Páscoa aponta para outra abordagem da vida que não esquece nosso momento presente com todas as suas inseguranças e preocupações, mas rompe com toda forma de fatalismo ou desilusão que podem povoar nossas mentes e corações. A Páscoa não minimiza ou anula nossa realidade dura e sofrida de cada dia, com todas as suas limitações. A Páscoa potencializa nosso olhar profundo que vê no sem-sentido, no vazio, na miséria e nas contingências humanas, um sinal de uma vida que abraça todos os âmbitos de nosso ser, sempre capaz de se superar e se recriar.
Somos, de fato, mais que os afazeres e lutas de cada dia. Imagens do Ressuscitado, e ressuscitados com ele, temos onde nos apoiar para assumir os males de cada dia em formas de amor transformador. Uma feliz e Santa Páscoa para Você, meu irmão e minha irmã. Na esperança de nos vermos em breve e de podermos celebrar nossa luta sob o olhar do Ressuscitado, abraço-os todos, dando-lhes também a bênção do bom Deus.
“Não tenhais medo! Ele ressuscitou”!
Frei Salésio Hillesheim
