A narração do evangelista Lucas, na Missa desta noite de Natal, descreve: “nasceu o Salvador”. São quatro cenas distintas: a primeira, o recenseamento narrado pelo Evangelista, coloca o nascimento do Messias na cidade de Belém de Judá que é a cidade do Rei Davi. A segunda cena é o nascimento do Messias, filho de José e Maria, que vieram à Belém para o recenseamento, pois eram descendentes de Davi. O terceiro momento: o anúncio do Anjo aos pastores do nascimento do Salvador. O quarto e último momento, o canto dos Anjos: “glória Deus nas alturas e Paz na terra”.
Se celebramos com alegria o nascimento do Deus Menino de Belém, temos que fazer a partir da perspectiva da fé. A boa notícia do Natal é a Encarnação de Deus como homem, com uma finalidade muito concreta: a salvação, libertação e divinização do homem. Se o Filho de Deus nasceu na condição de ser humano, conclui-se que se tem sentido, ser humano, na busca do divino. Ele se aproxima de nós no sorriso e na ternura de uma criança encantadora para fazer morada no meio de nós.
Hoje é Natal! Natal para todos! Mas não haverá Natal, enquanto não se realizar a libertação que Jesus proclamou. Enquanto houver guerras, dor, sofrimento, fome, miséria, exploração, opressão e marginalização. Não haverá Natal, onde houver falta de respeito por questão de raça, política, religião ou desentendimento familiar. Jesus ainda não nasceu, para muitos, porque vivem em condições sub-humanas: no sentido econômico, social ou familiar.
Celebraremos um Natal verdadeiramente cristão, se construirmos a paz em nosso ambiente familiar, em nossa comunidade, entre os vizinhos, amigos e companheiros de trabalho. Será Natal, se partilharmos o amor sem esperar nada em troca e se acolhermos os que estiverem em nosso caminho: os velhinhos, as crianças, os enfermos e os carentes de amor. Porque o Amor é a tônica do Natal. Onde houver Amor, haverá Natal. Desejo a todos, as Bênçãos do Menino de Belém: FELIZ NATAL!
Frei Sergio Pagan
