EU CREIO SENHOR

            Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida. A personalização do Espírito de Deus aparece na revelação da Santíssima Trindade, na Encarnação de Jesus, o Filho de Deus: “e o Verbo se fez Carne”. O evangelista Lucas fala da pregação de Jesus em Nazaré, a descrença dos judeus e o seu destino final: a morte. Mas o povo não acreditou.

            Crer significa vida e vida em abundância. O não acreditar leva à morte: no relacionamento, no amor e na fé. Onde não existir fé, não existirá milagre. Jesus sempre pergunta: “você acredita que é possível?” Sabemos que para Deus nada é impossível. Mas temos que crer, para que se realize o milagre.

            “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria”: Evangelho de hoje, em Lucas 4,24.  Esta frase foi dita em Nazaré, da Galileia, terra onde vivia Jesus e sua família: Maria e José. Acreditamos, mais vezes, nas pessoas de fora, com as quais não convivemos, do que nas pessoas de nossa família ou de nossa comunidade.  Tem mais valor, muitas vezes, os dizeres virtuais, do que os vivenciais. 

            Jesus se faz presente em cada pessoa que encontrarmos: “o que fizerdes ao menor de meus irmãos, é a mim que o fazeis”, diz Jesus. Cremos em Cristo, o Ressuscitado, mas não em Jesus, o Encarnado. Crer é acreditar e aceitar a pessoa, assim como ela é, quando a encontrarmos em nosso caminho e no dia a dia de nossa vida. 

 Crer não é apenas uma atitude espiritual ou virtual, mas concreta e vivencial, que deverá ser traduzida em gestos de caridade. Porque a Caridade: “crê, espera, desculpa tudo, é paciente, é benigna, e não guarda rancor, não é invejosa, nem é vaidosa e nem é inconveniente…” texto de Segunda Leitura de hoje, da Carta de Paulo aos Coríntios 13,13.

Concluindo a nossa reflexão, possamos dizer: “eu creio Senhor, mas aumentai a minha fé.

Frei Sergio Pagan

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