
Quanto despojamento e quanta beleza no mistério da encarnação:
“O Filho de Deus por amor do homem se faz homem. Para purificar aqueles de quem se tornou semelhante, assume tudo o que é humano, menos o pecado. Foi concebido por uma Virgem já santificada pelo Espirito Santo no corpo e na alma, para honrar a maternidade e, ao mesmo tempo, exaltar a excelência da virgindade; e assumindo a humanidade sem deixar de ser Deus, uniu em si mesmo as duas realidades contrárias, a saber, a carne e o espírito. Uma delas conferiu a divindade, a outra recebeu-a. Aquele que enriquece os outros se torna pobre. Aceita a pobreza da minha condição humana para que eu possa receber os tesouros de sua divindade. Aquele que possui tudo em plenitude aniquila-se, despoja-se de sua glória por algum tempo, para que eu participe de sua plenitude”.
Gregório de Nazianzo, Lecionário Monastico I, p.46