A rocha que alicerça a unidade e a paz

Neste Domingo, celebramos a Solenidade martirial dos apóstolos São Pedro e São Paulo, as duas colunas da Igreja Católica, fundamento e luz, que Cristo escolheu para edificar e proteger o seu rebanho. Sempre unidos e juntos, foram responsáveis pelo duplo dinamismo de comunhão e missão, de instituição e carisma que dão vida e impulso à Igreja.

Nesta festa da apostolicidade, marca e nota da eclesialidade que dá fundamento à Igreja, lembramos de uma forma específica do Papa como sucessor de Pedro. Pedro, como sabemos, não é apenas um nome mas uma vocação e missão dada por Jesus, a de como Rocha que sustenta a fé, confirmar os irmãos e apascentá-los na caridade pastoral. Rocha que se torna guarida, amparo e aquela árvore frondosa e acolhedora em que se transformou a pequena semente.

A palavra Papa, que deriva do grego Abba (Pai) ou do latim Patres Patrum (Pai dos Padres), denota uma liderança espiritual que prima pelo amor, solicitude e misericórdia que transparece o Pai celeste. Ao mesmo tempo, a co-responsabilidade e sinodalidade com o Colégio Episcopal e com todos os irmãos e irmãs, pois como afirma o Papa Francisco, ao explicar o sentido de sínodo e da figura do poliedro, todos nos enxergamos e caminhamos juntos.

Para manter o ritmo, e o rumo certo na caminhada, Jesus confirmou a Pedro no comando da sua Igreja. Mas a missão do Papa não se esgota com sua comunidade eclesial, ele se torna ponte segura e aberta para aproximar os Povos e Nações, gerando a cultura do encontro e do diálogo, do perdão e da reconciliação. Todos os Papas, especialmente os do século XX e o atual, têm-se destacado por serem testemunhas fiéis de Cristo, e defensores irredutíveis da dignidade da pessoa humana, e seus direitos fundamentais.

Seu empenho pela paz, concórdia e justiça, colocou-os a serviço da unidade da família humana, arbitrando conflitos quando solicitados, mas sempre mediadores do diálogo e entendimento, posicionando-se ao lado dos pequenos e fracos, presentes sempre onde a vida estiver a perigo. É bom sentir no cajado de Pedro um peregrino que compartilha as angustias e esperanças de toda a humanidade, e com seu anel de pescador sempre nos leva para às águas profundas da graça divina. Deus seja louvado!

 

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz
Fonte: site CNBB

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