3º Domingo da Quaresma

Os cuidados com o templo de Deus

O templo construído no tempo de Salomão, mais tarde destruído e reconstruído após o exílio na Babilônio, é cenário ao Evangelho deste domingo (Jo 2,13-25). Muitos judeus frequentavam o templo, como espaço sagrado, onde ofertavam sacrifícios agradáveis a Deus. Dizem os entendidos que sacrificam uma média de duzentas novilhas por semana, em vista dos holocaustos. Tais animais de grande porte, bem como outros animais (ovelhas e casais de pombos), só podiam ser comprados na porta do recinto sagrado, para que pudessem ser devidamente purificados e sacrificados. Nas portas e dentro do espaço sagrado, eram necessários comerciantes e cambistas, porque o templo tinha uma moeda própria, usada nas barganhas do comércio local.

Jesus, acompanhado por seus discípulos, vai ao templo, próximo à Páscoa dos judeus. Nesta última viagem, o Mestre chega no local e percebe que aquele espaço virou um centro comercial, com desvio de finalidade, contrário à vontade de Deus. Começa então a chicotear os cambistas e vendedores, porque eles estavam desviando a finalidade do espaço, em busca de vantagens, indevidas, praticadas no templo. Sendo questionado pelos judeus, Jesus dá uma resposta que não agrada os praticantes da fé mosaica, o que contribuiu para o processo de condenação de Jesus, na Semana Santa. Por outro lado, Jesus lhes responde que o Templo a ser reconstruído, seria o seu próprio, como aceno à Ressurreição.

A aplicação deste Evangelho na nossa vida cotidiana, pode acontecer no cuidado e dedicação ao espaço sagrado de nossas celebrações, no cuidado que devemos ter em relação ao nosso corpo e o de nosso próximo, como templo do Espírito, bem como no cuidado da Casa Comum, que nos abriga e nos sustenta.

Que o Espírito Santo alargue nossas tendas no entendimento deste Evangelho, em vista da preparação à Páscoa do Senhor!

 

Frei Ivo Müller

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