O grau de felicidade de uma pessoa pode ser medido pela resposta que ela dá a esta pergunta: se a morte me surpreendesse hoje, estaria roubando o tempo que me resta viver ou já teria valido a pena ter vivido?
Para quem consegue vivenciar seu aqui e agora, a morte não constitui uma invasão em seu espaço vital. Mas quando toda a nossa realização ainda reside em nosso futuro imaginário, sem que sejamos capazes de modificar à situação em que nos encontramos, ou dar a ela um novo sentido, então é doloroso viver a experiência da perda.
Frei Betto, “Fé e afeto”, Editora Vozes