Solenidade da Assunção de Nossa Senhora



Maria, Mãe que nos alcança as coisas do alto

“Mãe, por favor, alcance para mim aquele pote de biscoito em cima da geladeira! Mãe, a senhora pode pegar na parte de cima do armário aquele brinquedo que a senhora guardou?” Para o filho pequeno, a mãe é gigante. Alcança lugares que ele, em sua baixa estatura, não consegue alcançar. Tão grande e tão próxima! Tão distante no tamanho e tão acessível na disponibilidade! Grandeza que se faz pequenez para atender aos pedidos de pequenos tão amados.

Maria assunta aos céus é esta Mãe Grande capaz de interceder pelos filhos e filhas a fim de que eles tenham acesso a graças que, caso não recebessem ajuda, seriam para eles inacessíveis. Intercessão poderosa e incansável. No dia em que a Igreja celebra esta verdade de fé que apresenta Nossa Senhora em sua versão mais sublime e gloriosa, é tempo propício para recordarmos desta presença materna tão importante na vida de fé da comunidade.

A porta de acesso a Cristo é a Rainha que se encontra à sua direita, conforme reza o Salmo proposto para esta solenidade (Sl 44). Estar próxima ao Rei, especialmente a seu lado direito, manifesta a proximidade que existe entre Maria e seu Filho e, por outro lado, a confiança que Jesus deposita em sua Mãe, elegendo-a como auxílio fundamental para a instauração do Reino. Na beleza do Mistério da Encarnação, o mesmo Jesus Glorioso é o menino pequeno da Galileia que dependeu do seio de Maria para vir ao mundo e para se alimentar. Para Jesus, Maria também foi grande, do Natal à Cruz. Nada mais justo que, com Ele, participasse ativamente da grandeza da Ressurreição.

Que aprendamos desta Grande Mãe a fidelidade incondicional ao Filho. Que Ela nos alcance, hoje e sempre, a graça de um coração generoso, disponível e serviçal, sempre pronto a colocar-se a serviço do Reino.

Frei Gustavo Medella

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