Por que dedicamos à Bíblia, neste mês, de modo mais intenso, um tempo de estudo, reflexão, oração, ação? Por que setembro? Para homenagearmos São Jerônimo, Presbítero e Doutor da Igreja, cuja memória é celebrada no dia 30 deste mês. Ele foi o autor, no século IV, da tradução da Bíblia para o Latim,língua oficial da Igreja na época.
No último domingo deste mês, comemoramos o Dia Nacional da Bíblia,cujo objetivo é “despertar e promover entre os fiéis o conhecimento e oamor aos Livros Santos, motivando-os para sua leitura cotidiana, atenta epiedosa” (cf. Diretório da Liturgia/2014, p.166). Que o objetivo se amplie para o
mês inteiro… Que se torne um hábito amoroso!
Quão amável, ó Senhor, é vossa casa! (Salmo 83,2)
Falamos tanto de mudanças de época, de costumes, de posturas. Mudanças tocam nossas relações, sobretudo com Deus. Hoje se acredita em tanta coisa! Há um shopping center de propostas religiosas; cada um escolhe a vitrine maisatraente.
Fé é deixar acontecer o melhor de Deus em nossa vida. Como dizia umaantiga canção litúrgica: certeza na frente e história na mão. O povo da Bíblia aprendeua contar uma história acreditando na ação maravilhosa de Deus na existência.
Nesta época de transição e fragmentação é melhor ficar com a Bíblia. Mais que um livro, ela é uma fonte; mais que doutrina, é um anúncio de uma verdade. Mostra que épocas históricas tiveram grandes mudanças, porque não tiraram Deus das buscas,dos sonhos e dos passos do dia a dia.
Frei Vitório Mazzuco Filho, OFM
