Um dando força para o outro, e Cristo, para todos

Saudades… Da missa, da comunhão, do canto, dos trabalhos pastorais, de passar na igreja para uma oração pessoal e silenciosa, de confessar-se, de encontrar rostos conhecidos e familiares, do abraço da paz, das crianças correndo e brincando, do cafezinho com pastel na cantina, ou com biscoitinho ao fundo da igreja, até dos avisos paroquiais. Eis um mosaico de experiências extremamente simples, mas que, quando faltam, mostram-se essenciais e importantes.

A caminhada da Igreja em tempos de pandemia assemelha-se sobremaneira à caminhada dos Discípulos de Emaús. Uma experiência eclesial vivida a partir de casa, com o convívio mais restrito daqueles que dividem o mesmo teto. Um percurso no qual nem sempre é fácil se perceber a presença viva e próxima do Ressuscitado que caminha junto, afinal o cenário não deixa de ser nebuloso, incerto e assustador.

Notar a presença de Cristo vivo que caminha na Igreja doméstica é tarefa que exige uma postura de fé corajosa e aberta ao amadurecimento. Não adianta incorrer na pressa de retornar a uma “normalidade” que certamente não voltará tão cedo. A hora é de paciência, perseverança, oração e muita solidariedade. Cada um é convidado a descobrir em Cristo um amigo íntimo, parceiro de todas as horas, força nos momentos de luta e dificuldade. É imprescindível que permaneçamos caminhando juntos, dando força um para o outro, e Cristo junto, dando ânimo e coragem para todos.

Frei Gustavo Medella

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