Trabalhar em Pastorais Sociais é assumir a missão de servir

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Para a Igreja, o serviço da caridade “é expressão irrenunciável à sua própria essência”. A Pastoral Social é expressão desta caridade e da solicitude da Igreja, com as situações em que a vida está ameaçada. Expressão que renova, a cada dia, a lição da Gaudium Et Spes: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens e das mulheres de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles e aquelas que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos e discípulas de Cristo”. Os diferentes serviços das Pastorais Sociais colocam-se na dinâmica do Seguimento de Jesus Cristo, para que nele os marginalizados e excluídos tenham vida, e a tenham num ambiente preservado.

Um exemplo de caridade

Na manhã do sábado, 10 de novembro, por volta das 4h30, mais uma vez a tragédia atingiu uma localidade do território arquidiocesano de Niterói, no bairro de Piratininga. Diversas casas foram atingidas por uma pedra que rolou sobre elas, no Morro da Boa Esperança. Após o encerramento das buscas, na madrugada de domingo, 11 de novembro, verificou-se que 15 pessoas (4 crianças, 1 adolescente e 10 adultos) perderam a vida, e outras 10 sobreviveram.

A Defesa Civil do município de Niterói informou que 22 famílias estão desabrigadas, e segundo a instituição, o relatório ainda precisa ser finalizado, algo que deve acontecer em breve.

A Arquidiocese de Niterói exerceu a caridade cristã para ajudar as famílias que sofreram com a tragédia no Morro da Boa Esperança. As pastorais sociais organizaram uma campanha de arrecadação de doações e levaram para a Escola Municipal Portugal Neves, no Trevo de Piratininga, no próprio sábado, dia 10 de novembro, dia em que ocorreu a tragédia. A prioridade foi conseguir alimentos e materiais de higiene.

A solidariedade das pessoas foi tanta, que no domingo, dia 11, foi encerrado o recolhimento de doações. Vários voluntários das diversas pastorais e movimentos se mobilizaram para ajudar na organização das doações e no suporte aos desabrigados.

O Padre Cássio, vigário episcopal oceânico, e pároco da Paróquia São José, em Piratininga, também colocou a igreja à disposição das vítimas. “Colocamos à disposição nosso centro social, com psicólogos e assistentes, e incentivamos os fiéis a doarem às famílias. A dor da perda, esperança da vida e a corrente de solidariedade foi o que vi na tragédia da Comunidade da Esperança”, afirmou o sacerdote.

O Arcebispo de Niterói, Dom José Francisco, enviou nota de solidariedade:

“Em nome da Arquidiocese de Niterói, queremos manifestar nossa união com os irmãos e irmãs, atingidos pelas fortes chuvas do mês de novembro, em diversas regiões do Estado do Rio de Janeiro.

Expressamos nossa comunhão com as famílias que perderam seus entes, pertences e residências, na Região de Piratininga – Vicariato Oceânico. Pedimos a Jesus Ressuscitado que seja conforto e consolo em suas vidas, e que diante desse sofrimento, continuem acreditando que a vida é bela, que vale a pena defendê-la, amá-la e valorizá-la.

Convoco a todos, irmãos e irmãs da Arquidiocese de Niterói, para que rezem, e com seus esforços, atuem pelos desabrigados, e também promovam iniciativas nas comunidades, para que, praticando as obras de misericórdia, os sofrimentos desses nossos irmãos sejam aliviados.

Que esse lamentável fato em Niterói, no Ano do Leigo, possa nos aproximar mais de Deus, e nos ensinar a sermos mais solidários e protagonistas do bem, como o Pai, vivendo a comunhão fraterna com os necessitados.

Certos do empenho e participação de todos, envio-lhes a minha bênção”.

Niterói, 10 de novembro de 2018
+ Dom José Francisco Rezende Dias
Arcebispo Metropolitano de Niterói

 

Fonte: site da Arquidiocese de Niterói

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