Todos são chamados a trabalhar no Reino

Os fariseus e os escribas dividiam os homens em duas classes: os que eles consideravam bons e os que eles consideravam maus. Ou seja: em santos e pecadores. Bons eram aqueles que cumpriam formalmente as 366 leis; provavelmente deveriam ter posses, porque não passava pela cabeça deles que alguém, cumpridor da lei, não fosse recompensado por Deus com bens materiais. Comentamos esse modo de pensar no domingo passado.
Maus eram todos os outros, desde os não judeus até os que exercessem profissões incompatíveis com os horários de prática de lei (pastores e pescadores, por exemplo). A imensa maioria do povo estava nessa segunda classe, por serem pobres.

Os dois filhos da parábola representam as duas classes sociais. A vinha é o que Jesus chamou de ‘Reino dos Céus’, isto é, um modo de viver na presença de Deus. O dono é Deus. Ele convidou a ambos os filhos. A classe que se julgava eleita e santa disse ‘sim’. Mas, um ‘sim’ formal, da boca para fora. Não foi trabalhar na vinha. A outra classe, a dos pecadores, pelo pecado disse ‘não’, mas se arrependeu do pecado e foi para a vinha, isto é, aceitou Jesus e seus ensinamentos, converteu-se e participou do novo povo de Deus, da nova vinha do Senhor.

Jesus tomou dois tipos bem representativos dos ‘maus’. A prostituta, considerada pecadora pública, pega em flagrante; e o publicano, detestado, porque trabalhava para os romanos. Jesus dirigiu-se tanto à primeira quanto à segunda categoria de pessoas. Ambas necessitavam de conversão.

Frei Clarêncio Neotti

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