Secretário adjunto de Pastoral da CNBB comenta a intenção de oração do Papa pela fraternidade humana

Em sua intenção de oração para o mês de janeiro, o Papa Francisco incentiva os fiéis a rezarem pela fraternidade humana, um tema recorrente em seu pontificado. No vídeo de intenção de oração, o Santo Padre cita a necessidade dos católicos se concentrarem no essencial: a fé, a adoração a Deus e o amor ao próximo.

O secretário adjunto de pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e também assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da entidade, padre Marcus Barbosa, comentou a intenção de oração do Papa. “Estamos felizes com essa intenção valorosa do Papa, escolhida para iniciar esse Novo Ano cheio de grandes desafios e assinalado pela esperança. A Fraternidade Humana precisa ser a nossa meta”, disse.

Padre Marcus reforçou que a Fraternidade é primeiramente um dom que deve ser pedido na oração. Para ele, a Fraternidade também é compromisso: “abrindo-nos ao Pai de todos, ajuda-nos a conversão interior que se desdobra concretamente em gestos e atitudes de partilha de vida, de amor, solidariedade e de cuidado, capazes de curar os laços feridos de comunhão e fraternidade entre nós”, disse.

Diálogo e abertura

Segundo o secretário adjunto de pastoral da CNBB, a leitura da Encíclica Fratelli Tutti do Papa Francisco pode ajudar na caminhada da fé não apenas no mês de janeiro. “A Encíclica Fratelli Tutti é um texto marcante, corajoso, que a todos compromete na transformação do mundo. Ela não é uma teoria. É uma visão aplicada à realidade concreta. Ou seguimos o caminho da Fraternidade ou estaremos todos contra todos”, disse. O padre reforça que a Carta, um presente do Papa à humanidade, sublinha a importância do diálogo entre as Igrejas, religiões e sensibilidades humanista e humanas e propõe a abertura a todos os homens de boa vontade.

Padre Marcus defende que beber na fonte da fé, o Evangelho de Jesus Cristo, é o que nos leva a optar, decidir e a construir Fraternidade. “É a nossa fé que nos oferece o necessário entusiasmo para que nos empenhemos, sem reservas e sem medos, por uma sociedade onde todos têm lugar, independente das religiões, culturas, tradições e crenças. O caminho da fé nos obriga a construir o caminho da Fraternidade e da Paz”, ressaltou.

Ao invés de concentrar-se no que é essencial (a oração, o amor a Deus e ao próximo), as pessoas, segundo o padre, perdem-se em coisas periféricas que só levam a discussões, competições, rivalidades, polarizações, violências e guerras.

Segundo o assessor da Comissão de Ecumenismo da CNBB, as religiões não podem renunciar à tarefa de buscar a fraternidade, missão para a qual, em sua avaliação, elas podem oferecer uma preciosa contribuição. “A religião é para construir pontes, desconstruindo muros. É para fundar a Fraternidade, não para ser vivida apenas na esfera do privado. É para assumir e testemunhar a cultura do encontro e do cuidado, sobretudo dos mais pobres e vulneráveis. É para tornar o mundo melhor!”, concluiu.

Fonte: site CNBB

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