Salve, santo silêncio de José!

 “Ao ver sua Esposa em Mãe transformar-se
José quer deixar Maria em Segredo.
Um anjo aparece: ‘É obra de Deus!’
Afasta-lhe o medo.

                      (Hino da Solenidade de São José – estrofe inspirada em Mt 1,19)

Em tempos de não se levar desaforo para casa, de se lavar roupa suja em praça pública e nas redes sociais, de se fazer prosperar a injustiça e o ódio à força de notícias falsas e escandalosas, de se promover julgamentos capitais, sumários e superficiais, o silêncio do justo José traz consigo uma eloquência profética. É um silêncio que grita. Não se trata de omissão, mas de prudência, sabedoria e compaixão. Silêncio de quem, nas idas e vindas da vida, amadureceu o suficiente para saber que as respostas nem sempre são imediatas e o primeiro impulso com frequência não é a ação mais indicada. Obrigado por este precioso silêncio, ó bom e justo José!

No quarto domingo do Advento, às vésperas da chegada do Emanuel, é hora de guardarmos este silêncio fecundo que traz em si uma admiração impossível de ser expressa só por palavras. Afinal, diante da Palavra de Deus-Conosco, o mais sábio que se tem a fazer é calar… E contemplar. Logo, logo, é Natal!

Frei Gustavo Medella

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