Neste segundo domingo do Advento, o Evangelho de Lucas resume a pregação de João Batista e estabelece o preço de uma alegria que deve ser trilhada: a conversão permanente. A renovação contínua dos valores e atitudes da existência cristã, não é apenas um processo interior. Em resposta ao oráculo de Baruc, que apresenta a destruição do abismo desumano da injustiça e da desigualdade, como obra de Deus Salvador, o Batista coloca em primeiro plano nossa colaboração nesta obra de Deus: “preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas e os caminhos acidentados serão aplainados”.
Para quê? Para que todos estivessem abertos à SALVAÇÃO DE DEUS, à libertação de todo o mal para avançar por um caminho de mais justiça, mais amor, mais bondade, mais liberdade. Em outras palavras, mais e melhor vida para todos.
João Batista, o precursor, é – como Maria de Nazaré – uma figura própria e chave neste tempo de Advento, como preparação para a vinda constante de Jesus, para esta vinda atual – de hoje, em nossa vida de hoje – que significará a celebração do Natal. Também nós precisamos – e precisamos urgentemente – ACEITAR SEU CHAMADO para a conversão, seu chamado para preparar o caminho do Senhor.
O Advento e o Natal não podem nos deixar os mesmos. Algo tem que mudar em nossas esferas pessoais e comunitárias.
Frei Luiz H F de Aquino, OFM
