Passagem

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Quando morre uma flor, nasce uma semente; quando uma semente morre, nasce uma planta. E a vida continua o seu caminho, mais forte do que a morte. (Tagore)

Nascer e morrer são paradoxos do mesmo movimento, do mesmo pulsar, da mesma gênese… Na mesma ação que dá origem à vida, também é disparado o gatilho da morte. Aqui falamos dessa morte biológica, do destinar-se de tudo aquilo que é passageiro, limitado pelo tempo e pelo espaço. E a vida, no seu pulsar infinito, acompanha esse primeiro estágio, proporcionando o tempo do crescimento e da maturação. Passa-se o tempo, vem as flores, os frutos e as sementes que continuarão o mistério da vida…

Nessa “passagem” vamos construindo o porvir, antecipando a eternidade em cada gesto de amor, em cada ação solidária, em cada encontro fraterno. Nessa primeira fase da vida vamos morrendo para tudo aquilo que é pequeno, principalmente para toda forma de egoísmo… E assim vamos construindo, no chão da nossa história, a transcendência da vida! E a eternidade nada mais é do que a passagem pela morte de tudo que é pequeno, limitado, estreito para tudo que é largo, infinito e eterno…

Frei Paulo Sérgio, ofm

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