O envio nasce da compaixão

O envio missionário dos Apóstolos brota da Compaixão de Jesus, de sua empatia diante das ovelhas que vagavam sem pastor. Não eram homens ricos, letrados, influentes ou importantes na política, nas artes ou na religião. Eram homens comuns e simples. No entanto, estavam investidos da força da fé e da adesão à proposta do Mestre. A proximidade do Reino deveria ser o núcleo de sua pregação.

Deixaram-se guiar pelos mesmos sentimentos do Mestre e, desta forma, especialistas em compaixão, tornaram-se capazes de operar milagres que só acontecem quando o ser humano transpõe as barreiras do próprio egoísmo e se entrega com generosidade à força do amor. Enfermos curados, mortos ressuscitados, leprosos limpos e demônios expulsos, efeitos da ação da graça generosa que age em nós e entre nós quando nos abrimos à sua atuação.

Em tempos de pandemia, a humanidade anseia pela presença destes enviados, que hoje somos nós. Nossa tarefa é dura e desafiante. Sem deixarmos de lado os cuidados conosco e com os outros, devemos ser provas vivas de que, onde o vírus e a doença se espalham, podem também se espalhar a solidariedade e o amor.

Frei Gustavo Medella

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