Nós o proibimos, porque ele não nos segue

Neste vigésimo sexto domingo do Tempo Comum, Dia Nacional da Bíblia, celebramos solenemente, os cinquenta anos da instituição do mês dedicado à Palavra de Deus. Tudo isso, em memória ao dia 30 de setembro, dia de São Jerônimo. Para este ano, o Livro de São Paulo aos Gálatas, foi o grande presente de estudo e reflexão.

Marcos, por sua vez, na liturgia deste domingo nos remete para continuidade do seu ensinamento aos discípulos. Ensinamentos este quanto ao modo, a maneira de ser e a postura que os seguidores de Jesus devem ter na sua missão. A afirmativa de João, em nome dos companheiros, senão ingênua, revela o quanto ainda estão longe de terem assimilado o modo de ser do Mestre. Ao afirmar: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas o proibimos, porque ele não nos segue”, revela o quanto precisamos de conversão. Aqui está o detalhe a ser entendido. João deixa escapar o que eles tinham em mente, fundamentados na tese da discussão de quem seria o MAIOR. Quando ele diz que “ele não nos segue”, revela a Jesus a distância que os separa. Aquele homem não deve seguir a eles, mas sim a Jesus. Jesus é o caminho! Em outras palavras, estão com inveja. Estão com ciúmes porque o desconhecido e sem nome, faz milagres e certamente eles não conseguem, embora se achem os perfeitos seguidores de Jesus.

Esta advertência cabe bem para o nosso tempo, não? Façamos um sério exame de consciência: por que tantas pessoas não se aproximam de Cristo? Só alguns exemplos: as pessoas vítimas de alguma deficiência, doenças que causam humilhação; as que cometeram algum delito na vida, as mães solteiras que são assim são classificadas – não existe mãe solteira, existe mãe – os separados, divorciados, os discriminados, os excluídos; enfim, aqueles que não seguem a nossa religião e a nossa moral de ajustes sociais. Precisamos estar atentos, porque afastar estas pessoas é o mesmo que escandalizar “os pequeninos”, diz Jesus. São eles que precisam da nossa ajuda, do nosso testemunho, da nossa acolhida e principalmente da nossa misericórdia.

Frei Luiz Colossi

Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on whatsapp
Share on email
Share on print