Na missa do Papa, peregrinos de todo o sudeste asiático

Yangun – “Sentimo-nos felizes por acompanhar de perto o Papa Francisco durante sua viagem apostólica à Birmânia e rezamos intensamente a fim de que essa viagem possa constituir um momento especial e início de uma era duradoura de paz e reconciliação para a Birmânia.”

Foi o que declarou à agência Fides o vigário apostólico de Phonm Penh, no Camboja, Dom Olivier Schmitthaeusler, anunciando que “a Igreja cambojana organizou uma peregrinação de quatro dias a Yangun para encontrar o Papa”: 126 cambojanos participaram da Eucaristia presidida pelo Santo Padre esta quarta-feira, entre os quais 10 seminaristas, 3 sacerdotes cambojanos, 4 sacerdotes missionários e 10 irmãs.

 

Entre outras, delegações do Camboja, Filipinas, Vietnã e Tailândia

 

A delegação cambojana é uma das muitas presentes estes dias em Mianmar provenientes de outros países do sudeste asiático como Filipinas, Vietnã e Tailândia: mais de 150 mil peregrinos estiveram presentes na missa solene que o Santo Padre celebrou esta quarta-feira (29/11) no Kyaikkasan Ground, em Yangun.

Presentes também fiéis budistas e muçulmanos, segundo afirmou à agência missionária o responsável pelas comunicações na Conferência Episcopal de Mianmar, Pe. Mariano Soe Naing. A maioria dos presentes na missa era de “fiéis birmaneses de várias etnias, que de todo o país acorreram à antiga capital”, revela o porta-voz dos bispos.

 

Ação Católica presente em Mianmar desde os anos 60

 

Muitos deles pertencem à Ação Católica birmanesa: dias atrás a responsável pela coordenação interdiocesana da Ação Católica, Lei Lei Win, ocupou-se em organizar o acolhimento daqueles que chegariam à antiga capital para participar da celebração com o Pontífice.

A Ação Católica em Mianmar constituiu-se nos anos 60 graças à ação pastoral dos missionários do Pime (Pontifício Instituto Missões Exteriores) e, em particular, de Dom Giovanbattista Gobbato.

 

Experiência de promoção humana promovida pela Ação Católica

Uma das principais atividades promovidas pela Ação Católica birmanesa é uma experiência de promoção humana: os membros mais jovens da associação vão aos vilarejos remotos desenvolver atividades de educação à saúde, instrução e animação para as crianças.

São os chamados “zetaman”, ou seja, “pequenos evangelizadores”, figuras características da Igreja católica em Mianmar: jovens voluntários que vão aos vilarejos isolados, a áreas inacessíveis, às áreas rurais e montanhosas e chegam onde sacerdotes e religiosos não conseguem.

 

Estilo de presença marcado pelo amor e amizade

 

Durante alguns dias partilham a vida da comunidade, transcorrem muito tempo com as crianças, num estilo de presença marcado pelo amor e amizade. Se lhes é solicitado, dão testemunho de sua fé, contam quem são e como o encontro com Jesus mudou suas vidas.

“A visita do Santo Padre nos enche de alegria. É um sinal de proximidade importantíssimo para uma pequena comunidade como a nossa. Após o encontro com o Papa Francisco se reforça nosso compromisso com um testemunho de paz e de convivência harmonioso com todas as religiões e etnias do nosso maravilhoso país”, afirma Lei Lei Win.

 

Fonte: site Rádio Vaticano

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