MENSAGEM DO PÁROCO
Irmãos e irmãs, paroquianos/as e frequentadores da Porciúncula, Paz e Bem!
Esta é minha última mensagem de Natal como pároco da Porciúncula. A hora não é de despedida, mas de percepção do quanto somos amados e queridos por Deus e por tantas pessoas com as quais estabelecemos laços de afeto, de vida e comunhão.
É São João que nos diz que Deus tanto amou o mundo que nos deu seu Filho Jesus Cristo. Nele, nos tornamos herdeiros de um amor infinito que não se poupa; ele se mistura conosco, em nossa carne e em nossa caminhada. É um de nós e em nós.
O Natal nos coloca diante desta realidade amorosa de Deus, corporificada na criança pobre que nasce longe dos lugares de hospedagem, acolhida por pastores, reverenciada por magos e protegida por seus pais, Maria e José. Nós somos os privilegiados deste amor-criança, feito gente, humano, carne de nossa carne.
Mas o Natal também nos coloca diante de um dilema: acolher ou não a novidade deste amor. Acolher a novidade significa estar pronto para o novo, para o ousado, para tudo aquilo que Deus vai nos desafiando e para tudo aquilo que o Menino, deitado numa manjedoura, nos sugere. Acolher a novidade deste amor significa também despertar para o que a força divina e inspiradora vai pedindo de nós, especialmente em forma de compromissos de mudança, de renovação, de iluminação e de esperança. Não acolher este amor significa fechar-se em si mesmo, enveredar por caminhos desgastantes e frustrantes. É endeusar-se a si mesmo, viver para si e em autorreferência.
Com meus confrades, cumprimento a você, paroquiano/a, frequentador/a desta igreja e paróquia. Que o Deus feito amor em carne de nossa carne possa nos dar a alegria de estar com ele sempre, de viver dele sempre e de nos comprometermos com ele sempre.
Oro para que em cada um/a brilhe esta luz que vem do presépio, da fragilidade e do abandono, do inusitado e do espantoso, pois é dele que nascem nossas energias, nossas esperanças e nossos sonhos.
Um Natal de vida nova, de esperança nova, de caminhada nova nos seja concedido por aquele que manifestou até a morte como Deus nos ama e como ele se insere nas tramas da vida de cada um de nós.
Feliz Natal! Abençoado ano de 2025.
Frei Salésio Hillesheim
Pároco