Deus-amor-movimento

“De que filho você gosta mais?” Certa mãe, ao ouvir tal pergunta, respondeu: Gosto mais daquele que, naquele momento, precisa mais de mim. Ao dar esta sábia resposta, a mãe dedicada não quis se evadir da pergunta, mas demonstrar que o verdadeiro amor é dinamismo e movimento, é disposição e disponibilidade de uma postura comprometida com o outro, buscando socorrê-lo em suas necessidades mais imediatas e concretas.

Na segunda leitura (Rm 8,14-17), São Paulo explica que os(as) batizados(as) recebem da parte de Deus um espírito de filhos adotivos que os ensina a chamar a divindade de “Abba”, que significa “Papai”. E o Mistério da Trindade é, portanto, expressão da dinâmica deste amor em movimento, parecido com o amor manifestado pela mãe apresentada como exemplo no início deste texto.

O Espírito Santo, pelo qual o Pai nos adota como filhos(as) amados(as), ressoa em nosso ser e nos dá a certeza de que todos somos irmãos de Cristo e em Cristo. Desta forma, cabe à nossa humildade, a busca empenhada de entrarmos em sintonia com o ritmo da dança amorosa que a Trindade nos propõe.

Viver uma fé trinitária é assumir um compromisso de amor encarnado, especialmente nas realidades mais dolorosas e difíceis. É empenhar-se em fazer o bem com teimosia, em perdoar com insistência, em servir com gratuidade, tudo isso em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Frei Gustavo Medella

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