A despedida de Jesus na Ascensão

Na primeira leitura deste domingo, do mesmo autor do Evangelho (Lc 24,46-53), Lucas assim se expressa: “No meu primeiro livro, ó Teófilo, já tratei de tudo de tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o começo” (At 1,1-2). Aqui o autor sagrado coloca o marco inicial da narração da Boa Nova na Ascensão do Senhor, que celebramos nesta sétima semana da Páscoa.

Do ponto de vista humano, ideal seria que Jesus, depois da Ressurreição, continuasse conosco até os dias atuais, nos ensinando, fazendo milagres, curando os doentes, ressuscitando mortos, lavando-nos os pés como seu maior gesto de amor à humanidade. Porém, do ponto de vista cristão, a teologia no ensina que o Mestre nos transmitiu, pelo seu próprio testemunho de vida, enquanto estava conosco fisicamente, como deveríamos continuar a sua missão.

Além do mais, não nos deixou órfãos. Prometeu que o Paráclito seria o nosso advogado, através do Espírito do Senhor que habita em nós e em nossas comunidades.

Então, Lucas conclui o texto da primeira leitura, afirmando: “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu?” (At 1, 11). Significa que a nossa missão continua, que não podemos ficar olhando para céu (glória), mas fincar pé na realidade do nosso entorno, na seara de nossa atuação.

E no final do Evangelho de hoje, o autor sagrado nos conta que “em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria” (Lc 24,52). Esta alegria, sentida pelos Apóstolos, é a mesma alegria que nós sentimos, cada vez que colocamos em prática os ensinamentos de Jesus em nossas vidas, sobretudo quando damos testemunho do Ressuscitado, graças ao Espírito Santo que continua vivo e atuante em nós e em nosso meio.

Frei Ivo Müller

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