A alegre esperança do cristão

esperanca_1216A esperança que temos é a mola propulsora de nossa vida. Que é que você espera da vida? Como ela se tornaria melhor? Quem poderia ajudá-lo para isso? São essas as perguntas de todo o mundo e também do cristão, perguntas que a liturgia deste domingo suscita em nós. Deus mesmo é a esperança do fiel. Ele não é um castigador, um fiscal de nossos pecados e nem mesmo da “desordem estabelecida” na sociedade em que vivemos. Ele não deseja castigar, mas transformar aquilo que está errado: ele vem salvar. Esta é a esperança anunciada pelos profetas (1ª leitura).

Com a vinda de Jesus começou irreversivelmente a realização desta esperança, a realização da profecia. João Batista não percebe bem o que Jesus está fazendo. Manda perguntar se ele é o Messias, ou se é para esperar outro (evangelho). Jesus aponta os sinais que ele está realizando: aquilo que os profetas anunciaram. Daí a conclusão: já não precisamos aguardar outro.

Ora, Jesus apenas iniciou. Implantou. A plantação deve ainda crescer. Com a paciência e a firmeza do agricultor, devemos esperar o amadurecimento de seu reino na História. Com o “sofrimento e paciência dos profetas que o anunciaram…(2ª leitura)

A esperança suscita em nós alegria confiante: Deus deu início à realização de seu projeto. Quando se olha com objetividade o que a palavra de Cristo já realizou no mundo, apesar das constantes recaídas de uma humanidade inconstante, reconhecemos que ela foi eficaz. Devemos também olhar para os sinais que se realizam hoje: a transformação impulsionada pelo evangelho de Cristo se reflete na nova consciência do povo, que assume sua própria história na construção de uma sociedade mais fraterna.

A esperança fundamenta uma firmeza permanente, confiante de que Deus erradicará o mal que ainda persiste.

A esperança exterioriza-se na celebração, expressão comunitária de nossa alegria e confiança.

A esperança do cristão é Jesus. Ele é aquele que havia de vir. Não precisamos ir atrás de outro messias, oferecidos pelo mundo do consumo, por promessas políticas ambíguas e assim por diante. Consumo e política são propostas humanas, e podemos servir-nos delas conforme convém, com liberdade. Mas o Messias vem de Deus; ele merece nossa adesão, nele podemos acreditar. Chama-se Jesus. Feliz quem não se deixa abalar em relação a ele (cf. Mt 11,6)!

Esperamos que o amor e a justiça que Cristo veio trazer ao mundo, e nos quais somos chamados a participar ativamente, realizem o plano de Deus para a humanidade, desde já e para sempre, “assim na terra como no céu”.

Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
Pe. Johan Konings

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