O Tempo Comum é marcado, sobretudo nesta primeira fase, pela apresentação triunfal de Jesus de Nazaré, tal como o faz São Marcos. Daqui a dez dias vamos começar a Quaresma.
O trecho do evangelho deste domingo é a continuação imediata do domingo passado. A transição da sinagoga para a casa de Simão, pode ser significativa na narrativa evangélica. Jesus leva a salvação aonde quer que vá: na casa de Simão é a sogra quem se beneficia com a presença de Jesus. Mas então, “quando o sol se pôs” – isto é, quando o sábado acabou, e o primeiro dia da semana começou (domingo para os cristãos) – as coisas transbordam: “todos os enfermos …”, ” a cidade inteira… “. A salvação de Cristo certamente é para todo o mundo.
Se no domingo passado se afirmou, sobretudo a autoridade com que Jesus ensinava, hoje se afirma a irrupção em Jesus da renovação de todas as coisas (e, em primeiro lugar, da renovação do próprio ser humano). É outra forma de expressar fé em Jesus como o Filho de Deus.
A origem da palavra “doença” é interessante. Aquele que está “in-firmus” é aquele que “não está firme”. Essa etimologia corresponde a sensações que provavelmente todos associamos à doença: fraqueza, desamparo, sofrimento, angústia, tristeza.
Jesus aparece como o grande médico do Evangelho de hoje. Se a doença nos leva a tocar o fundo de nossa fraqueza, a cura realizada por Jesus nos leva a experimentar a verdade do amor incomensurável de Deus.
Paz e Bem!
Frei Luiz Henrique