Uma semente, muitos destinos

semente

Um semeador que sai a semear só um tipo de semente: boa. Vários tipos de solos e destinos para a semente: pedras, espinhos e terra boa, sem contar as que caem à beira do caminho. “Uma semente, muitos destinos” – quase título de uma produção hollywoodiana… No entanto, trata-se de mais um artifício pedagógico de Jesus, como podemos ver na liturgia deste 15º Domingo do Tempo Comum, para revelar a seus ouvintes como funciona a parceria divino-humana que o Senhor propõe. Em seu projeto, o Senhor escolhe e deseja contar com as pessoas e respeita plenamente a liberdade de cada uma delas.

O Semeador e a semente têm padrão irrepreensível, garantia total que só pode ser dada por quem possui como atributos a onipotência, a onipresença e a onisciência. Já o terreno… Este precisa ser trabalhado, cultivado com afinco, dedicação, esmero ou, como se diz mais modernamente, com força, fé e foco.

Em sua bondade infinita, o Semeador não se cansa de semear com generosidade. Ao terreno – cada coração humano em seu mistério de graça e pecado – cabe a responsabilidade de cuidar (ou não) da semente de vida, sentido e salvação que Deus, teimosa e amorosamente, sai a semear. A “Terra boa” procura ser aquele coração que se dá conta da preciosidade da semente e da total solicitude do Semeador e chega à conclusão que dar frutos de bênção não é um peso, um castigo, uma imposição, mas a única atitude possível a quem alcança a graça de sentir plenamente amado por “Aquele que é Amor”.

 

Frei Gustavo Medella

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