“Qual será o nosso Fim?”

por_sol_151115

The end! Pronto! Acabou! Chega! É o fim! Fim… Ele sempre chega, às vezes de surpresa, inesperadamente. Em outras ocasiões, aguardado e acolhido. Pode significar libertação, sofrimento, recomeço. Mas que ele vem, vem… O Fim. Estamos nos aproximando do fim de mais um ano litúrgico. É o 33º domingo do Tempo Comum. Depois, Solenidade de Cristo Rei e pronto. É o fim!

A certeza do fim nos coloca em nosso devido lugar. Podemos muito, mas não podemos tudo. Muitas coisas dependem de nós, mas muitíssimas outras não dependem. Somos finitos, limitados. Arrogância, prepotência, egoísmo, ganância, tudo isso acaba quando nós acabarmos. Fica muito pouco, mas fica o essencial. As leituras deste domingo nos colocam em confronto com este fim, na direção do qual caminhamos, quer queiramos ou não. No entanto, não deve ser algo que nos apavore, que nos tire o sono, afinal, fim é destino, mas também é direção. Qual é, afiFINal (olhe aí de novo, o FIM!), a FINalidade (mais uma vez!) da nossa existência. Ou seja, para onde estamos nos dirigindo com nossas escolhas, prioridades e esforços?

Jesus abraçou o sofrimento com convicção, não porque gostasse se sofrer, porque sua finalidade fosse buscar a humilhação, as bofetadas, o desrespeito, as dores físicas e a morte na cruz. Tudo isso foi consequência da clareza que tinha em relação à FINalidade de sua vinda ao mundo. Jesus conhecia bem o Fim para o qual o Pai O enviara: trabalhar pelo reino. E por isso sua entrega foi DeFINitiva, conforme explicita a carta aos Hebreus, no texto proclamado na Liturgia deste Domingo: “Cristo, ao contrário, depois de ter oferecido um sacrifício único pelos pecados, sentou-se para sempre à direita de Deus” (Hb 10,12).

O FIM de Jesus não foi a morte. O nosso também não será se soubermos abraçar no hoje de nossa existência da mesma finalidade do Filho em sua entrega generosa. É o grande convite que Cristo nos faz! Um convite acompanhado de uma promessa: se abraçarmos com coragem a finalidade de fazer acontecer no hoje o Reino de Deus, marcado pela paz, pela justiça, pela partilha, pelo respeito e pelo amor, estamos caminhando desde já na direção de uma vida que que transcende aquilo que chamamos de FIM para sermos participantes do Mistério que Deus – este sim InFINito – encerra em si. Sigamos em frente, com coragem!

Frei Gustavo Medella 

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