Ser pacífico não significa de modo algum ser passivo. Gandhi (1869-1948), que morreu assassinado, escreveu em Cartas a Ashram: “A não violência completa é a ausência completa de má-fé para com tudo o que vi. A não violência sob uma forma ativa é a boa vontade para com tudo que vi. Ela é amor perfeito”.
O que é esse amor perfeito? A não violência na forma ativa. A ideia de não se ter má-fé em relação a tudo que existe.
Essa percepção de Gandhi – não por acaso chamado de Mahatma Gandhi, o homem mais elevado, mais abençoado – expressa que a não violência é a ausência completa de má-fé para com tudo que vive.
Essa concepção envolve, já nos anos de 1940, a ideia de ecologia, de meio ambiente, no qual nós tenhamos a capacidade de existir sem degradar, de uma sociedade que não esgote a sua capacidade de convivência e de vivência. Portanto, uma paz ativa.
Mario Sergio Cortella, “Pensar bem nos faz bem”, Editora Vozes