Papa reza pelos migrantes em Missa na Basílica Vaticana

“O Senhor promete descanso e libertação a todos os oprimidos do mundo, mas precisa de nós para tornar eficaz a sua promessa”. Essas foram palavras do Papa Francisco ao presidir nesta sexta-feira, 6, na Basílica Vaticana, uma Missa pelos migrantes. Cerca de 200 pessoas participaram da celebração, entre refugiados e pessoas que cuidam deles.

A Missa foi por ocasião do quinto aniversário de sua visita a Lampedusa, realizada em 8 de julho de 2013 quando, na época, essa região havia sido palco de naufrágios com migrantes a bordo. Francisco voltou a denunciar a realidade de tantos pobres que são “esmagados”, que são vítimas da cultura do descarte, sobre a qual ele repetidamente fala em seu pontificado. “Entre eles, não posso deixar de incluir os migrantes e os refugiados, que continuam a bater às portas das nações que gozam de maior bem-estar”.

Francisco recordou em sua homilia as vítimas dos naufrágios ocorridos há cinco anos e o apelo à responsabilidade humana que fez por ocasião de sua visita a Lampedusa.

Atentando para as necessidades de tantas pessoas nessas situações, o Papa destacou que Deus precisa da ação humana para socorrê-las: precisa dos olhos do homem para ver essas necessidades, das suas mãos para socorrê-las, da sua voz para denunciar as injustiças e, sobretudo, do coração para manifestar Seu amor misericordioso pelos abandonados e marginalizados.

O Santo Padre alertou ainda sobre a tentação de não querer “sujar as mãos”, como o sacerdote e o levita na parábola do Bom Samaritano. Trata-se de uma tentação que se traduz, segundo o Papa, no fechamento àqueles que têm direito à segurança e a uma vida digna e acaba construindo muros em vez de pontes.

“Peço ao Espírito Santo que ilumine a nossa mente e inflame o nosso coração para superarmos todos os medos e inquietações e nos transformarmos em instrumentos dóceis do amor misericordioso do Pai, prontos a dar a nossa vida pelos irmãos e irmãs, tal como fez o Senhor Jesus Cristo por cada um de nós”, concluiu.

 

Fonte: site Canção Nova 

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