Os Frutos de Vida

Como no domingo passado, no Evangelho do Bom Pastor, nos surpreendemos agora com a afirmação absoluta de Jesus: “Eu sou a verdadeira videira “. Ele não diz que foi ou que será, pois ele é já a videira verdadeira, aquela que dá fruto. Tais afirmações devem ser ouvidas desde a experiência pascal e com fé na ressurreição do Senhor. Jesus vive e é para todos os crentes o único senhor da vida e o princípio de sua organização. Dele jorra a seiva, e ele é o que mantém os ramos juntos em vista da mesma função: “dar fruto”. Jesus é a videira, a raiz e o fundamento a partir do qual se estende a verdadeira “Vinha do Senhor”.

Entre os ramos e a videira existe uma comunhão de vida, desde que estejam unidos à videira. Nesse caso, os ramos também se alimentam e crescem com a mesma seiva. Jesus prometeu estar conosco até o fim do mundo, e ele estará se formos fiéis a ele. Ele não abandona os que não o abandonam.

“Dar fruto” é uma expressão do Evangelho de João. Significa levar ao amadurecimento a missão de Cristo, isto é, chegar à colheita do reinado de Deus, para que se manifeste o que foi semeado na morte de Cristo: a salvação do mundo, que é a glória e alegria do Pai (o “agricultor”). Neste mesmo sentido, Jesus diz que “o grão de trigo que cai na terra e morre, dá muito fruto” (Jo 12, 24). E ele é aquele grão de trigo, ele e sua palavra. Aqueles que acolhem a Cristo e a sua palavra, aqueles que permanecem nele e fazem o que ele diz, aqueles que morrem com ele para que o mundo viva, dando muito fruto. E esse é o fruto que fica (Jo 15, 16). Neste fruto, nesta colheita, a Igreja está comprometida. Para realizar seu esforço, deve continuar unida ao Senhor, permitindo que o Senhor lhe infunda a vida.

Frei Luiz H. F de Aquino, OFM

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