O suave perfume da cruz

Senhor, quero sentir o perfume da tua cruz, como o ladrão que disse: Senhor, lembra-te de mim quando entrares em teu reino (Lc 23,42). Será que este ladrão te viu restituir a vista aos cegos e ressuscitar os mortos? Será que ele não te adorou? Mas, quando te vê suspenso no madeiro, ele te adora: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. O que teus milagres não puderam fazer, o fez a tua cruz. Ele te reconheceu com maior certeza e mais perfeitamente sobre a cruz do que na pregação e nos milagres. Ó poder da cruz, ó triunfo do crucificado! Desde que viu o madeiro, o homem reconheceu teu reino. Vendo-te crucificado compreendeu que eras rei. Ó perfume da cruz, que dissipas as dúvidas! Senhor! – exclama o ladrão, vendo com seus olhos o preço com que Deus o resgatou.

Das Orações de Santo Anselmo – Lecionário Monástico II, p. 594-595

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