O silêncio da solidão

A solidão nos familiariza com nós mesmos, com o que realmente pensamos e sentimos profundamente. Ou que, talvez, não sentimos. Ela nos dá tempo para nos perguntarmos se devemos ou não sentir ou pensar alguma coisa.

Há aqueles, é claro, que temem o silêncio da solidão. Acham a solidão deprimente porque aprenderam a precisar de barulho para salvá-los de si mesmos. Para eles, a solidão se tornou um grande espaço vazio que não é preenchido por nada, que não oferece nada e nada promete. Mas, para aqueles que praticam o ócio que vem com a solidão, ela é um lugar de descanso para a alma. Traz uma pausa, repouso, quietude. Permite que exista o silêncio que o pensamento exige.

Joan Chittister, “Entre a escuridão e a luz do dia”, Editora Vozes.

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