O Coração do Pastor tecido de misericórdia

Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!

Depois de terminar sua caminhada pela terra dos homens, Jesus, o Verbo encarnado, volta à casa da Trindade, ao seio do amor. Em lá chegando diz ao Pai: “Pai, cá estou!

Terminou a peregrinação pelos caminhos dos teus filhos.

Fiz que pude. Aprendi muitas coisas.

Vi cenas encantadoras. Vivi momentos de alegria e de ternura: pessoas simples e boas, homens importantes cheios de humildade, uma senhorinha colocando no cofre do templo tudo o que tinha e tantas coisas.

Andei atrás de pessoas, de vidas.

Fui o Pastor, mostrei prados verdejantes, preparei para muitos uma mesa diante do inimigo.

Com meu jeito e com a mensagem que a mim foi confiada pelo teu amor andei atrás de ovelhas desgarradas.

Encontrei-as no meio dos espinheiros.

Aliás, estou te trazendo todas que encontrei no meio espinheiros,

nos abismos profundos, nas noites insanas, nas ilusões e mentiras, ovelhas perdidas na trevas, magras, feitas e esqueléticas. Haviam perdido a semelhança conosco. Tu as criaste à nossa imagem.

Curadas, estão à porta, para viverem conosco a festa do amor que nunca termina.

Pai, queria lembrar que hoje muitas ovelhas desgarradas voltam-se para o teu amor quando contemplam o meu Coração aberto no alto da cruz.

Hoje meu peito é transfigurado, mas sempre é um asilo e um repouso para esses homens e mulheres que se embrenharam por caminhos tortuosos.

Eles refazem suas forças contemplando meu coração dilacerado.

Pai, aqui estão as ovelhas que te trago com incontida alegria.

Frei Almir Guimarães

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