Irmãos e irmãs,
Depois de quatro semanas de vigilância, cuidado, participação da liturgia, chegamos ao Natal. Com certeza, nosso coração está leve e reflete o esforço que fizemos de nos aproximarmos mais de Deus e dos irmãos e irmãs. Talvez, tenhamos nos tornado mais generosos, mais alegres, mais propensos à misericórdia e ao perdão. Pode ser também que tenhamos sentido, mais uma vez, o apelo de recomeçar, de fazer novas todas as coisas, de sentar com quem não nos aceita, assimila ou quer.
Sei que percebemos que há um caminho a percorrer. Que o Natal não é acontecimento pronto, concluído. Ele é convite, luta, engajamento, trabalho e tarefa. Temos que reconhecer com o coração aberto e terno a presença do Senhor, feito carne de nossa carne, sonho de nossos sonhos. Precisamos nos encantar de novo por Jesus que nos leva às estrebarias e periferias, que nos olha no silêncio do sofredor, do inocente, do curvado, do pecador e dos sem vez.
Que ele nos devolva a capacidade de cuidar, de fazer companhia, de ter e dar misericórdia, de acolher e aquecer. Fortifique-nos, igualmente, em nossa capacidade de superar nosso próprio fechamento, nossos tantos apegos que nos distanciam de todos; e nos cure da cegueira que nos paralisa, justifica e mata.
Jesus de Nazaré, dá-nos uma grande paixão por ti e por todos os que são motivo e objeto de tua presença e do teu amor.
Para Você que entrou nesta página, Feliz e Santo Natal. Mil bênçãos para 2016.
Frei Salésio Hillesheim
