Discussão sobre o jejum

jejum

Tempo da Quaresma
Mt 9,14-15

“Vocês acham que os convidados de um casamento podem estar de luto, enquanto o noivo está com eles?”

Jesus, neste diálogo com os discípulos de João Batista, nos chama a atenção para a prática do verdadeiro jejum. Aquele que iniciou o tempo messiânico estava com eles, porém como estavam apegados apenas às Leis não perceberam a presença do Messias na pessoa de Jesus. O verdadeiro jejum não é aquele que separa e que torna-nos cegos à realidade, ao contrário, é aquele que une e faz comunhão, e é isto que Jesus nos pede, ou seja, a comunhão com Ele. Da mesma maneira que em Deus somos um, a comunhão deve se estender a todas as pessoas, principalmente com os famintos e os pobres (Is 58,7).

Qual é a finalidade do nosso jejum? Buscar o benefício próprio ou retribuir a Deus sua bondade? Se nos preocupamos com a primeira resposta, igualamo-nos aos fariseus, já a segunda nos iguala àqueles que formam a comitiva nupcial e por isso não fazem luto, mas alegram-se com a presença de Jesus.

A resposta de Jesus aos discípulos não desvaloriza nem anula a prática do jejum. Em outras palavras, Ele nos diz que é mais importante pensar no ser do que no fazer. “Por mais santas que sejam nossas obras, elas, enquanto obras, jamais chegarão a nos santificar, mas, na medida em que santificamos nosso ser, nesta mesma medida santificamos nossas obras”. (Mestre Eckart)

Peçamos a Deus a graça de tornar-nos pessoas boas e que em todas as obras interiores que realizarmos, por menores que sejam, sejam feitas com amor e em comunhão com a sua vontade; desta maneira elas iluminarão também o nosso exterior.

Paz e Bem!

Reflexão feita pelos noviços da ofm

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