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Contextualização

Sínodo
significa caminhar juntos. Indica o caminho que o Povo de Deus percorre; lembremos que os cristãos, seguidores de Jesus, foram originalmente chamados de seguidores do Caminho. (At 9, 2; 22,4).

O Sínodo dos Bispos, foi instituído por Paulo VI em 15 de setembro de 1965, dentro do Concílio Vaticano II, com base no conceito de que a Igreja é Povo de Deus, dentro da qual todos exercem múnus (funções diferentes) e integradas; os sucessores de Paulo VI levaram a ideia e a aperfeiçoaram.

A sinodalidade denota o estilo particular que qualifica a vida e a missão da Igreja, exprimindo a sua natureza de Povo de Deus que caminha junto e se reúne em assembleia, convocada pelo Senhor Jesus na força do Espírito para anunciar o Evangelho. Assim, a sinodalidade não é tanto um acontecimento, mas um estilo e um modo de ser pelo qual a Igreja vive a sua missão no mundo. A missão exige que todo o povo de Deus caminhe junto, com cada membro desempenhando seu papel. Uma Igreja sinodal caminha em comunhão para cumprir uma missão comum por meio da participação de cada um de seus membros. (Pastores e Rebanho).

O objetivo do atual Sínodo é ouvir, como Povo de Deus, o que o Espírito Santo diz à Igreja. Fazemo-lo ouvindo juntos a Palavra de Deus na Escritura e a Tradição viva da Igreja, e depois ouvindo-nos uns aos outros, discernindo os sinais dos tempos. Tem-se em vista um caminho de crescimento autêntico, rumo à comunhão e à missão que Deus chama a Igreja a viver no terceiro milênio.

Três palavras-chave que exprimem a sinodalidade e, ao mesmo tempo, o sonho do Povo de Deus: comunhão, participação e missão.

Em prática
Queremos saber o que pensa nossa comunidade sobre os questionamentos a seguir.
Para participar é fácil:- Escolha 1 núcleo para reflexão, responda as perguntas, seguindo a metodologia abaixo e nos envie pelo email: comunicacao@porciunculaniteroi.com.br, até o dia 15 de novembro.

Metodologia
1- Na dinâmica do ouvir, se quer colher o que cos cristãos em suas diversas e diferentes realidades do mundo inteiro pensam sobre alguns núcleos importantes de Comunhão, Participação e missão.

2- Para isso, pede-se que seja feita uma releitura das experiências de vida dos cristãos, as alegrias que traze, as dificuldades e obstáculos que encontram, as feridas que apareceram no caminho, as instituições (grupos, movimentos, etc) que surgiram.

3- Quer-se também que se escute profundamente o Espírito, falando com cada um, suscitando pontos que na vida da Igreja devem ser confirmados, perspectivas de mudanças e passos a serem dados, caminhos que devem ser abertos.

4- Daí, na reflexão de cada núcleo proposto, há diversas perguntas que devem ser refletidas como um todo e síntese desta reflexão (não mais do que 20 linhas digitadas, fonte Times New Roman 12) deve considerar não apenas constatações e visões negativas, mas, sobretudo a realidade que está sendo vivida positivamente e as esperanças que estão sendo ou devem ser alimentadas.



Núcleos – Temáticos:

I. OS COMPANHEIROS DE VIAGEM
Na Igreja e na sociedade, estamos no mesmo caminho, lado a lado.

  1. Na vossa Igreja local, quem são aqueles que “caminham juntos”?
  2. Quando dizemos “a nossa Igreja”, quem é que faz parte dela?
  3. Quem nos pede para caminhar juntos?
  4. Quem são os companheiros de viagem, inclusive fora do perímetro eclesial?
  5. Que pessoas ou grupos são, expressa ou efetivamente, deixados à margem?

II.  OUVIR

A escuta é o primeiro passo, mas requer que a mente e o coração estejam abertos, sem preconceitos.

  1. Com quem está a nossa Igreja particular “em dívida de escuta”?
  2. Como são ouvidos os Leigos, de modo particular os jovens e as mulheres?
  3. Como integramos a contribuição de Consagradas e Consagrados?
  4. Que espaço ocupa a voz das minorias, dos descartados e dos excluídos?
  5. Conseguimos identificar preconceitos e estereótipos que impedem a nossa escuta?
  6. Como ouvimos o contexto social e cultural em que vivemos?

III.  TOMAR A PALAVRA
Todos estão convidados a falar com coragem e parrésia, ou seja, integrando liberdade, verdade e caridade.

  1. Como promovemos, no seio da comunidade e dos seus organismos, um estilo comunicativo livre e autêntico, sem ambiguidades e oportunismos?
  2. E em relação à sociedade de que fazemos parte?
  3. Quando e como conseguimos dizer o que é deveras importante para nós?
  4. Como funciona a relação com o sistema dos meios de comunicação social (não só católicos)?
  5. Quem fala em nome da comunidade cristã e como é escolhido?

IV.  CELEBRAR
“Caminhar juntos” só é possível se nos basearmos na escuta comunitária da Palavra e na celebração da Eucaristia.

  1. De que forma a oração e a celebração litúrgica inspiram e orientam efetivamente o nosso “caminhar juntos”?
  2. Como inspiram as decisões mais importantes?
  3. Como promovemos a participação ativa de todos os Fiéis na liturgia e o exercício da função de santificar?
  4. Que espaço é reservado ao exercício dos ministérios do leitorado e do acolitado?

V.   CORRESPONSÁVEIS NA MISSÃO
A sinodalidade está ao serviço da missão da Igreja, na qual todos os seus membros são chamados a participar.

  1. Dado que somos todos discípulos missionários, de que maneira cada um dos Batizados é convocado para ser protagonista da missão?
  2. Como é que a comunidade apoia os seus membros comprometidos num serviço na sociedade (na responsabilidade social e política na investigação científica e no ensino, na promoção da justiça social, na salvaguarda dos direitos humanos e no cuidado da Casa comum, etc.)?
  3. Como os ajuda a viver estes compromissos, numa lógica de missão?
  4. Como se verifica o discernimento a respeito das escolhas relativas à missão e quem participa?
  5. Como foram integradas e adaptadas as diferentes tradições em matéria de estilo sinodal, que constituem a herança de muitas Igrejas, especialmente as orientais, em vista de um testemunho cristão eficaz?
  6. Como funciona a colaboração nos territórios onde estão presentes diferentes Igrejas sui iuris?

VI.  DIALOGAR NA IGREJA E NA SOCIEDADE
O diálogo é um caminho de perseverança, que inclui também silêncios e sofrimentos, mas é capaz de recolher a experiência das pessoas e dos povos.

1.    Quais são os lugares e as modalidades de diálogo no seio da nossa Igreja particular?

2.    Como são enfrentadas as divergências de visão, os conflitos, as dificuldades?

3.    Como promovemos a colaboração com as Dioceses vizinhas, com e entre as comunidades religiosas no território, com e entre associações e movimentos laicais, etc.?

4.    Que experiências de diálogo e de compromisso partilhado promovemos com crentes de outras religiões e com quem não crê?

5.    Como é que a Igreja dialoga e aprende com outras instâncias da sociedade: o mundo da política, da economia, da cultura, a sociedade civil, os pobres…?

VII.  COM AS OUTRAS CONFISSÕES CRISTÃS
O diálogo entre cristãos de diferentes confissões, unidos por um único Batismo, ocupa um lugar particular no caminho sinodal.

  1. Que relacionamentos mantemos com os irmãos e as irmãs das outras Confissões cristãs?
  2. A que âmbitos se referem? Que frutos colhemos deste “caminhar juntos”?
  3. Quais são as dificuldades?

VIII. AUTORIDADE E PARTICIPAÇÃO
Uma Igreja sinodal é uma Igreja participativa e corresponsável.

  1. Como se identificam os objetivos a perseguir, o caminho para os alcançar e os passos a dar?
  2. Como se exerce a autoridade no seio da nossa Igreja particular?
  3. Quais são as práticas de trabalho em grupo e de corresponsabilidade?
  4. Como se promovem os ministérios laicais e a assunção de responsabilidade por parte dos Fiéis?
  5. Como funcionam os organismos de sinodalidade a nível da Igreja particular?
  6. São uma experiência fecunda?

IX.    DISCERNIR E DECIDIR
Num estilo sinodal, decide-se por discernimento, com base num consenso que dimana da obediência comum ao Espírito.

  1. Com que procedimentos e com que métodos discernimos em conjunto e tomamos decisões?
  2. Como podem eles ser melhorados? Como promovemos a participação na tomada de decisões, no seio de comunidades hierarquicamente estruturadas?
  3. Como articulamos a fase consultiva com a deliberativa, o processo do decision-making com o momento do decision-taking?
  4. De que maneira e com que instrumentos promovemos a transparência e a accountability?

X.   FORMAR-SE NA SINODALIDADE
A espiritualidade do caminhar juntos é chamada a tornar-se princípio educativo para a formação da pessoa humana e do cristão, das famílias e das comunidades.

  1. Como formamos as pessoas, de maneira particular aquelas que desempenham funções de responsabilidade no seio da comunidade cristã, a fim de as tornar mais capazes de “caminhar juntas”, de se ouvir mutuamente e de dialogar?
  2. Que formação oferecemos para o discernimento e o exercício da autoridade?
  3. Que instrumentos nos ajudam a interpretar as dinâmicas da cultura em que estamos inseridos e o seu impacto no nosso estilo de Igreja?

Esperamos a sua participação!
Paz e Bem!

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