A força da fragilidade cuidadosa

Quatro velas acesas na Coroa do Advento. A singeleza do símbolo nos passa a ideia de um itinerário preparatório percorrido. Aprendemos mais uma vez a caminhar numa teimosa esperança, educando-nos para depositar nossa confiança mais em Deus e menos em nós. Ele foi e continuará sendo o nosso Guia, ajudando-nos a encontrar lampejos luminosos na obscuridade de nossos limites.

Na Carta Apostólica “Patris Corde”, em honra a São José, o Papa Francisco oferece uma bela catequese sobre os desígnios salvíficos de Deus: “A história da salvação realiza-se, ‘na esperança para além do que se podia esperar’ (Rm 4, 18), através das nossas fraquezas. Muitas vezes pensamos que Deus conta apenas com a nossa parte boa e vitoriosa, quando, na verdade, a maior parte dos seus desígnios se cumpre através e apesar da nossa fraqueza (…) Se esta é a perspectiva da economia da salvação, devemos aprender a aceitar, com profunda ternura, a nossa fraqueza” (PAPA FRANCISCO. Patris Corde).

Às vésperas do Natal, vamos mais uma vez renovar nossa “matrícula” na “Escola de Belém”, onde o Senhor feito criança, frágil, pequena e desprotegida, nos ensina a força da bondade e da ternura. Neste ano em que vivemos sob a sombra de uma grave pandemia, a espiritualidade do Natal aparece como remédio salutar para curar nossas dores mais profundas e para mais uma vez nos ensinar a buscarmos a força misteriosa emanada pela frágil figura do Menino Jesus e da fragilidade cuidadosa que o cerca em cada um dos personagens que contemplamos no presépio.

Frei Gustavo Medella
Fonte: site Franciscanos

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