A alegria de ser coerente e sincero

No domingo, encerramos a primeira parte do tempo comum, tratando de dar frutos de coerência e sinceridade para seguir a Jesus, o Mestre que revela a sabedoria do Reino. Embora a palavra pessoa venha do grego e faz alusão às máscaras que eram usadas no teatro de então, na época clássica, a construção de um projeto de vida que responda a nosso núcleo pessoal mais íntimo e profundo, é uma tarefa permanente.

A maturidade cristã exige a procura e posse de um caráter autêntico, sem dobras nem falsidades. Ser sincero ou, como diziam os romanos, sine cera, supõe deixar a maquiagem com que, às vezes, nos apresentamos diante dos outros, querendo passar por aquilo que não somos.  A humildade nos une à terra e lembra a fragilidade, criaturidade e finitude que fazem parte da nossa existência; por isso, a vocação cristã nos leva a reconhecer que somos servos inúteis, que tudo é graça e dom de Deus na nossa vida.

No Evangelho, deste domingo, Jesus fala da essencial transparência: a boca fala do que o coração está cheio. Ser autêntico é buscar integrar a fala com a prática, o sentir com o pensar testemunhando a verdade do que somos e queremos ser em Cristo.

Nestes dias de carnaval, que nos cercam e imprimem um clima festivo, é bom lembrar que máscaras servem somente para a diversão, que Cristo não é fantasia, mas realidade, e que, como cristãos, como dizia São João Paulo II, devemos colocar em nossa pessoa a “fantasia genuína da caridade”, isto é, revestirmo-nos das virtudes cristãs para que, já, seja pulando ou rezando, façamos tudo para maior glória de Deus, testemunhando que a alegria cristã nos torna verdadeiramente felizes, e nos leva a compartilhar um amor que tudo espera e que não passa. Deus seja louvado!

 

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz

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