8 de Março, Dia Internacional da Mulher

Neste domingo, 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher e falar sobre o papel da mulher na Igreja não é uma tarefa fácil porque segundo especialista em antropologia Cristã, João Antônio Johas do Jovens de Maria, envolve diversos fatores, como o modo de pensar do mundo e também a maneira histórica de se tratar a mulher.

“Se queremos pensar um pouco sobre a dignidade da mulher e o seu papel na Igreja, precisamos fazê-lo junto com Maria, a primeira e a melhor discípula do Senhor Jesus”, destacou João em artigo publicado pelo Jovens de Maria em 2016″, disse.

O Papa Francisco lembra na Evangelii Gaudium uma característica muito presente na mulher que é a sensibilidade. “A Igreja reconhece a indispensável contribuição da mulher na sociedade, com uma sensibilidade, uma intuição e certas capacidades peculiares, que habitualmente são mais próprias das mulheres que dos homens”, afirma.

A mulher tem papel fundamental na Igreja pois atua em diversas frentes, em especial, na defesa dos direitos. Como é o caso da Pastoral da Mulher Marginalizada, ligada as pastorais sociais, que busca ser presença solidária e profética junto à Mulher em situação de prostituição. No Brasil, a Pastoral está organizada em 9 nove estados e 25 cidades e trabalha para fortalecer os vínculos familiares, na perspectiva de ajudá-las a construírem oportunidades, ou seja, novos projetos de vida.

A Pastoral informa que trata-se de um trabalho de visitas em campo, palestras, rodas de conversa temáticas, seminários, encontros regionais e nacionais, oficinas socioeducativas e cursos de geração de renda, bem como momentos celebrativos de confraternização, escuta e acolhimento, construindo relações humanas e humanizadoras.

“A nossa missão é contribuir na promoção humana e colaborar para que elas sejam protagonistas de sua própria história. Impulsioná-las a desenvolverem alternativas econômicas para geração de renda, na formação sobre incidência política e integração e valorização de uma espiritualidade ecumênica a serviço da vida”, destaca Fabrícia Paes, uma das coordenadoras nacionais da pastoral.

No entanto, a pastoral enfrenta muitos desafios, como a dificuldade de contar com trabalho voluntários, falta de recursos financeiros, a formação de novas equipes, a manutenção dos trabalhos de base nas diversas equipes, devido às distâncias geográficas, a participação nas atividades das redes em nível nacional (Encontro das Pastorais Sociais), falta de apoio e devolutiva de algumas dioceses e ultrapassar a barreira do preconceito institucional.

Além da atuação junto às mulheres em situação de prostituição, a Pastoral da Mulher Marginalizada possui mais dois eixos de ação: enfrentamento ao abuso e à exploração sexual e/ou comercial de crianças e adolescentes; e tráfico de mulheres, crianças e adolescentes para fins de exploração sexual. Ambos eixos requerem trabalhos preventivos de palestras junto às escolas, igrejas e comunidades locais, bem como seminários e rodas de conversa.

De acordo com a Coordenação da Pastoral, as equipes participam no Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Municipal dos Direitos do Idoso, Fórum Nacional e Regional das Pastorais Sociais. Como também, temos um representante no Comitê no Tráfico de Pessoas para fins de exploração sexual.
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Fonte: site CNBB

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