Pentecostes e o tempo do avivamento no Espírito Santo

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Jerusalém é o lugar onde termina o tempo de Jesus e começa o tempo do Espírito Santo. Os Atos de Jesus começam na Galileia e terminam em Jerusalém. Os Atos dos Apóstolos começam em Jerusalém e vão até os confins do mundo. Portanto, Jerusalém é ponto de chegada e ponto de partida. É o lugar da manifestação do Espírito Santo de Deus, que encoraja os Apóstolos e os discípulos de Jesus para a missão.

No dia de Pentecostes, os discípulos estavam reunidos em Jerusalém. Depois dos acontecimentos da Páscoa, ficaram cheios de medo. Viviam em grupos separados e desligados do mundo. Jesus ressuscitado aparece, reúne e une esses grupos (At 2,1). A partir dessa unidade construída em torno da mesma fé, e com o apoio espiritual de Maria Santíssima, é que o Espírito Santo vem sobre eles (At 1,14). Assim, aquele grupo de homens e mulheres amedrontados adquiriu a consciência de ser uma comunidade, isto é, o corpo místico de Cristo. Todos sentiram que Jesus estava entre eles, mais ainda do que antes, porque, na realidade, Jesus não mais estava com eles, estava neles.

A Igreja se manifestou publicamente e começou a difundir o Evangelho mediante a pregação acompanhada de sinais, prodígios e milagres.

SÍMBOLOS

a) A ÁGUA
Significa o nascimento e a fecundidade da vida nova dada pelo Espírito Santo. O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, pois que, após a invocação do Espírito Santo, ela torna-se o sinal sacramental eficaz do novo nascimento. Do mesmo modo que a gestação do nosso primeiro nascimento se operou na água, assim a água batismal significa realmente que o nosso nascimento para a vida divina nos é dado no Espírito Santo. Mas, «batizados num só Espírito», «a todos nos foi dado beber de um único Espírito» (1 Cor 12, 13): portanto, o Espírito é também pessoalmente a Água Viva que brota de Cristo crucificado como da sua fonte, e jorra em nós para a vida eterna.

b) O FOGO
Simboliza a força transformadora dos atos do Espírito Santo. O profeta Elias, que “surgiu como um fogo cuja palavra queimava como uma tocha” (Eclo 48,1), por sua oração atrai o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo que transforma o que toca.
João Batista, que caminha diante do Senhor à exemplo do mesmo profeta Elias (Lc 1,17), anuncia o Cristo como aquele que “batizará com o Espírito Santo e com o fogo” (Lc 3,16), esse Espírito do qual Jesus dirá: “Vim trazer fogo à terra, e quanto desejaria que já estivesse acesso” (Lc 12,49).
É sob a forma de línguas (de fogo) que o Espírito Santo pousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Seu poder. A tradição espiritual manterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo. Dirá São Paulo: “Não extingais o Espírito” (1Ts 5,19). (CIC 696)

c) O VENTO
O vento atua sem ser visto, está presente sem se conseguir agarrar, “sopra onde quer, ninguém sabe de onde vem nem para onde vai, mas todos escutam a sua voz” (Jo 3, 8). O profeta Elias, escondido com medo da rainha Jezabel, é na brisa suave do vento que percebe a presença de Javé (1Rs 19, 13). O profeta Ezequiel descreve a visão de um campo de ossos ressequidos aos quais Deus envia uma brisa suave, um vento que os percorre e revigora trazendo-os à vida (Ez 37, 1-10). Espírito em hebraico diz-se Ruah, que significa sopro, aragem. E tem também o significado de hálito ou sopro de vida.
O Ruah Javé (Espírito de Deus) é o hálito que sai da boca de Deus como alento de vida: “Deus insuflou no barro amassado o seu Ruah – hálito, alento, respiração – e o Homem tornou-se um Vivente! (Gn 2, 7). Também Jesus Ressuscitado “Soprou sobre os Apóstolos, dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo!” (Jo 20, 22). Sim, o Espírito Santo é o alento de Vida de Jesus Ressuscitado.

Fonte: http://www.fundacaofraternidade.org.br/ 

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